PEDRO TAQUES DE ALMEIDA


PEDRO TAQUES DE ALMEIDA, ocupou em S. Paulo todos cargos da república. Pelos serviços prestados à coroa à custa de sua fazenda, foi feito fidalgo da casa real por dom Pedro rei de Portugal, com o mesmo foro e moradia de cavaleiro fidalgo que tinha seu bisavô Antonio Rodrigues de Almeida.

Foi capitão da fortaleza da Vera Cruz, de Itapema, na praça de Santos com 40$ de soldo por ano, e passou a provedor e contador da fazenda real da capitania de S. Paulo, juiz da alfândega, e vedor da gente da guerra da mesma praça com 80$ de ordenado. Foi capitão-mor governador da capitania de S. Vicente e S. Paulo por patente régia com 80$ de soldo nos anos de 1684 a 1687.

Teve jurisdição para prover postos militares. Foi alcaide-mor, administrador geral das aldeias do real padroado por mercê da infanta de Portugal D. Catharina, rainha da Grã Bretanha, por carta datada de 1704. Recebeu do rei dom Pedro II uma carta assinada pelo próprio punho, agradecendo os serviços prestados.

Estando já muito velho e impossibilitado de visitar à cavalo as aldeias do real padroado, foi autorizado pelo rei a nomear quem o substituísse; não quis, entretanto, tomar a responsabilidade dessa nomeação para um cargo que demandava atividade e tino; porém, sugeriu as reformas que lhe pareceram necessárias para boa ordem e desenvolvimento das ditas aldeias, tais como a de criação de lugares para missionários, um capitão-mor, um sargento-mor e alguns capitães, ficando todas debaixo da jurisdição dos ministros da justiça.

Isto ouvido pelo rei, foi aprovado e mandou que se pusesse em execução essa nova forma de administração. Foi fundador de um jazigo para si e seus herdeiros na capela da ordem 3.ª do Carmo de S. Paulo, em todo o pavimento da casa da via sacra, que à sua custa fez construir, colocando nela, em altar de talha, um santo crucifixo, com o título de Senhor Bom Jesus da Boa Morte. 

Neste altar, durante sua vida, fazia celebrar missa todas as sextas feiras, e no dia 3 de Maio missa cantada com música. Fundou, também, na igreja de S. Bento um altar de talha dourada em que colocou a imagem de N. Senhora da Conceição, cuja festa era celebrada com toda a pompa todos os anos a 8 de dezembro. 

Faleceu em 1724 e foi sepultado no seu jazigo do Carmo, em cuja campa foram abertas as armas dos Taques, Proenças, Laras e Moraes em 4 quartéis dentro de um escudo, na forma que lhe foram iluminados no brasão que tirou em Lisboa. (Nobil. Paul. de Pedro Taques de Almeida Paes Leme).

Foi casado com Angela de Siqueira, batizada em S. Paulo em 1648, filha Luiz Pedroso de Barros, capitão de infantaria, e de Leonor de Siqueira, a contraente viúva de Sebastião Fernandes Correa 2.ª provedor e contador da fazenda real da capitania de S. Vicente e S. Paulo. Teve do seu consórcio, além dos falecidos sem geração:

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