LOURENÇO CASTANHO TAQUES


LOURENÇO CASTANHO TAQUES (terceiro filho de Pedro Taques) 

A seu respeito escreveu Pedro Taques de Almeida Paes Leme: “Este paulista se conservou sempre em São Paulo sem que o infeliz sucesso de seu irmão Pedro Taques de Almeida, morto a falsa fé por Fernando de Camargo o obrigasse  a mudar-se como fizeram seus irmãos, porque seu grande respeito e força de armas o prontificavam a pôr  em cerco aos inimigos do partido contrário. Foi estabelecido na fazenda do Ypiranga que tinha sido do seu pai Pedro Taques. Foi opulento em cabedais com que sustentou e conservou o respeito e o tratamento de sua pessoa pontentada. Em relação ao real serviço deu sempre acreditadas provas de honrado vassalo, com liberal despesa da própria fazenda.

Em 1659 passou a São Paulo Salvador Corrêa de Sá e Benevides no cargo de administrador geral das minas de ouro e prata e como governador das três capitanias: Rio de Janeiro, Espírito Santo, e a de São Vicente e São Paulo. Nessa ocasião recebeu Lourenço uma carta de firmada pelo real punho, em que lhe recomendava dessa ajuda e favor a Salvador Corrêa para bem desempenhar-se na diligência a que era enviado, qual era a de descobrimento de ouro e de pedras preciosas ao que correspondeu prontamente.

Conservando- se em São Paulo para esse fim o governador Salvador Corrêa até 1661, aconteceu que na sua ausência do Rio de Janeiro em 1660, onde deixara como governador da praça a Thomé Corrêa  de Alvarenga, como sargento mór a Martim Corrêa Vasques e provedor da fazenda  real a Pedro de Sousa Pereira, praticaram os oficiais da câmara e povo do Rio de Janeiro um grave atentado, depondo do governo os ditos representantes que foram todos presos em uma fortaleza, e negando obediência ao governador Salvador. Este governador ao ter notícia em São Paulo do ocorrido e principalmente ao ver a carta escrita pelos camaristas do Rio aos de São Paulo, em que faziam graves  exprobações a sua pessoa como autor de tiranias e de mau governo, se dispôs a por-se em caminho par o Rio de Janeiro com o fim de sossegar o tumulto e castigar os culpados.

Lourenço, vendo o perigo a que ia se expor o governador, juntamente com os paulistas  da 1ª nobreza  lhe representaram, suplicando que não pusesse em tão evidente a sua vida e autoridade; O valor e constância do governador o levaram a não atender  a essa rogativa, pelo que Lourenço Castanho resolveu-se  a acompanha-lo com força de armas  até o Rio de Janeiro, mas nem este auxílio aceitou o governador.

Então Lourenço lembrou-se de reunir a nobreza de São Paulo ao corpo do senado e em número de 58 pessoas escreveram ao governador uma carta em nome de S. Majestade em que ponderava a necessidade de aceitar as rogativas e conselhos dados.

A esta carta respondeu o governador agradecendo aos paulistas o apoio que lhe prestavam; mas não tendo mais serviço nesta banda do sul, o seu dever  o chamava a prestar serviço a S. majestade, pelo que estava resolvido a voltar para o Rio de Janeiro a assumir  a jurisdição real, para o que  esperava encontrar o povo mais acomodado.

Lourenço Castanho Taques , desejando continuar os serviços ao rei, achando-se  com muita prática do sertão onde tinha penetrado para conquistar o bárbaro gentio no que adquiriu grande  disciplina militar tendo recebido um convite do príncipe regente Dom Pedro em 1674 para o descobrimento de ouro e prata, para cuja diligência tinha já partido Fernando Dias Paes no caráter de governador da gente de sua tropa, resolveu-se  com seu cabedais e força de armas  penetrar o sertão dos gentios Cataguazes deixando a serventia vitalícia do ofício de órfãos entrou para conquista  com patente de governador e conseguiu o 1º conhecimento das minas , a princípio chamadas Cataguazes e mais tarde estendendo-se o descobrimento em muitas léguas no mesmo sertão, chamadas Minas Gerais.

Faleceu em 1677 em avançada idade, depois recolhido da conquista dos Cataguazes. Foi governador das minas do Caeté. Foi sepultado no jazigo do Carmo de São Paulo, onde jaziam as cinzas de seu Pai Pedro Taques”.

Teve 10 filhos, que são netos de Pedro Taques:

2-    Padre Francisco de Almeida, ordenado em Lisboa, doutor e protonatário apostólico com hábito prelatício.
4-    Thomé de Lara de Almeida
5-    Diogo de Lara de Almeida 
6-  Antonio de Almeida
7-    José Pompeu de Almeida
8-    Anna de Proença (mesmo nome da avó)
9-    Branca de Almeida
10- Maria de Almeida

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